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Em dia de forte aversão a risco, o Ibovespa encerrou em queda o pregão desta segunda-feira (5), embora afastado das mínimas do dia. Os principais índices acionários de Nova York desabaram e o Nikkei, da Bolsa de Tóquio, afundou mais de 12%, diante da possibilidade de os Estados Unidos entrarem em recessão. Números da atividade do setor de serviços americano referentes a julho ajudaram a reduzir as perdas, ao mesmo tempo em que balanços corporativos seguiram no radar dos agentes financeiros.
No fim do dia, o Ibovespa caiu 0,46%, aos 125.270 pontos. Nas mínimas intradiárias, tocou os 123.073 pontos e, nas máximas, os 125.851 pontos. O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 18,65 bilhões no Ibovespa e R$ 25,36 bilhões na B3. Em Nova York, o S&P 500 caiu 3,00%, aos 5.186 pontos, o Dow Jones fechou em queda de 2,60%, aos 30.703 pontos e o Nasdaq cedeu 3,43 %, aos 16.200 pontos.
Embora a forte queda no mercado global tenha atingido em cheio Wall Street, a bolsa brasileira foi menos penalizada nesta segunda-feira.
Para agentes de mercado, há algumas explicações para que o Ibovespa não tenha acompanhado o mesmo ritmo de queda do S&P 500. Um deles é que o investidor estrangeiro já sacou um alto volume do Brasil, então não há muito mais para ser retirado. Além disso, os dados do mercado de trabalho nos EUA foram um “estopim para uma realização de lucros generalizada”.
“Aqui a história é outra, estamos subavaliados e os investidores estrangeiros já tiraram bastante dinheiro daqui. Como não participamos da alta dos EUA, não vejo uma razão para a queda”, afirmou um operador.
O movimento de saída do mercado de ações e compra de ativos mais defensivos acontece desde a última semana, após uma série de dados de atividade mais fracos que o esperado nos EUA, mas o grande catalisador foi o relatório oficial de empregos dos EUA, o chamado “payroll”, mostrar o número de vagas muito menor que o esperado na sexta-feira: 114 mil, ante expectativa de 175 mil. Além disso, a taxa de desemprego avançou de 4,1% para 4,3%.
“Estamos no auge do movimento de estresse. Os dados dos EUA, de maneira geral, até hoje, não sinalizaram que estamos com uma economia recessiva, embora o ‘payroll’ tenha vindo realmente muito mais fraco. Os dados que tivemos acesso nos últimos meses não sinalizam isso. Sinalizam, de fato, uma desaceleração controlada”, afirma a economista-chefe da B.Side Investimentos, Helena Veronese. A profissional reitera, assim, que os dados do índice de gerente de compras (PMI) de serviços de julho “mostra expansão da atividade, que está desacelerando — e se esperava isso mesmo com a alta dos juros”.
Jennie Li, estrategista de ações da XP, destaca a temporada de balanços de empresas americanas no segundo trimestre como um dos fatores para a queda nas bolsas. “Esses resultados têm vindo acima das expectativas, mas com uma surpresa de lucros muito menor do que o esperado e uma projeção daqui para frente um pouco mais fraca.” Assim, ela destaca que o otimismo que o mercado alimentava não está sendo completamente atendido pelos resultados das empresas.
No mercado acionário doméstico, papéis de volatilidade alta foram mais pressionados na sessão, como foi o caso de CVC ON e EZTec ON, que perderam 5,95% e 4,24%, respectivamente. Na ponta positiva estão as ações ordinárias do Bradesco, que subiram 8,30% após resultados trimestrais positivos. Já os papéis ordinários do Grupo Pão de Açúcar (GPA) lideraram as altas, avançando 14,98%, em meio a tratativas de venda da participação na companhia pelo Grupo Casino.
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