Enquanto mães madrugam com seus filhos na porta da FUMUSA em busca de atendimento, e pacientes aguardam por exames como tomografias e ressonâncias que nunca chegam, a atual gestão de Arcos, comandada pelo cardiologista Dr. Wellington, segue priorizando aquilo que mais chama atenção — mas não resolve os problemas do povo: festas milionárias.
Só com alguns cachês de shows da “Festa da Gastronomia”, o gasto já ultrapassa R$ 1 milhão. Isso sem contar toda a estrutura: som, iluminação, banheiros químicos, camarins, ECAD, barracas, seguranças, e outros eventos paralelos. Estimativas apontam que, ao somar todos os custos, a conta pode passar dos R$ 3 milhões com facilidade — e os gastos totais com festas em 2025 já se aproximam dos R$ 5 milhões. Isso mesmo: cinco milhões de reais, enquanto falta até cadeira de rodas na recepção do Hospital São José.
O “doutor do coração”, como foi chamado durante a campanha, havia prometido praticamente zerar os gastos com festas. Mas na prática, sua gestão vem fazendo exatamente o contrário: priorizando eventos enquanto a saúde pública colapsa.
A situação é crítica:
- Exames essenciais como mamografia, tomografia e ressonância estão sendo cancelados.
- O transporte para pacientes em tratamento fora do município é insuficiente.
- Não há pediatras disponíveis, e mães enfrentam o frio da madrugada tentando garantir atendimento para seus filhos.
- Famílias recorrem a almoços beneficentes, rifas, “ações entre amigos” e até empréstimos para conseguir cuidar da própria saúde.
Enquanto isso, a cidade, que já teve políticas importantes de reciclagem, se tornou um lixão a céu aberto, após o fim das iniciativas de coleta seletiva e valorização da cultura ambiental.
Carnaval: o mais caro e o mais criticado da história
Os cinco dias de carnaval foram possivelmente os mais caros — e também os mais criticados — da história recente de Arcos. Falta de organização, estrutura precária e nenhuma justificativa plausível para tamanha despesa em um município onde o básico não está sendo entregue.
E como se tudo isso não bastasse, a administração ainda se envolveu em escândalos de nepotismo: o prefeito nomeou seu próprio irmão, João Paulo, logo no início do mandato, contrariando uma lei municipal que só foi revogada meses depois, em uma clara manobra para legitimar o ato.
A situação é tão insustentável que nem o vice-prefeito permaneceu ao lado de Wellington. Se o próprio vice não suportou a condução da gestão, o que resta ao povo, senão a indignação e o abandono?
O Conexão Arcos seguirá fazendo seu papel: informar, fiscalizar e dar voz à população.