A paralisação na entrega de fraldas geriátricas em Arcos ganhou novos contornos após declarações polêmicas da secretária municipal de Saúde, Aline Arantes, durante sua participação na reunião da Câmara Municipal nesta terça-feira (14) parecendo uma professora dando aulas para o ensino básico e pedindo aos vereadores que completassem a sua fala, como se falasse com crianças. Em uma tentativa considerada “esdrúxula” por muitos, Aline tentou transferir a responsabilidade pela interrupção do benefício para a Maçonaria, chegando a acusar a entidade de realizar doações a pessoas de outros municípios.
A fala da secretária causou desconforto, especialmente porque a Maçonaria sempre manteve um rígido controle sobre suas ações filantrópicas. Integrantes da entidade rebatem a acusação e afirmam que todas as doações são feitas com responsabilidade e baseadas em critérios sérios, sempre levando em conta a real necessidade de quem recebe, com prioridade para os moradores de Arcos.
A situação se agravou ainda mais após uma entrevista concedida pelo secretário de Governo à Rádio Cidade FM. Na ocasião, ele alegou que a interrupção na entrega das fraldas ocorreu devido a uma suposta mudança na legislação. No entanto, essa justificativa foi imediatamente desmentida pela própria secretária de Saúde, ainda na Câmara Municipal.
Respondendo a um questionamento do vereador Alex Didier, Aline Arantes foi direta:
“A lei não mudou, o que mudou foi a gestão.”
A frase, dita de forma clara e objetiva, desmonta a versão apresentada pelo secretário de Governo, João Paulo e expõe a falta de alinhamento dentro da própria administração municipal.
A tentativa de transferir a culpa para a Maçonaria, uma instituição respeitada pela comunidade arcoense, somada às contradições públicas entre membros do primeiro escalão do governo, intensificou as críticas à condução da saúde no município. Em vez de assumir a responsabilidade e buscar soluções para normalizar a entrega das fraldas – item essencial para dezenas de famílias – a gestão atual parece mais preocupada em encontrar culpados.
Enquanto isso, a população segue aguardando uma resposta concreta e o retorno de um serviço básico que impacta diretamente a dignidade de seus beneficiários.