Feirantes e comerciantes de alimentos precisam de licença para operar legalmente; locais de produção e armazenamento devem ser inspecionados para garantir a segurança alimentar da população
A comercialização de alimentos em Arcos — seja em estabelecimentos fixos, feiras livres ou por ambulantes — exige obrigatoriamente a licença da Vigilância Sanitária municipal. Essa exigência inclui também os feirantes que vendem produtos de origem animal, como carnes, queijos e embutidos, mesmo que em pequenas quantidades.
Segundo a legislação sanitária vigente, todo local onde há produção, manipulação, armazenamento ou venda de alimentos deve passar por inspeção da Vigilância Sanitária, garantindo que o ambiente siga normas de higiene, temperatura, conservação e controle de pragas. O descumprimento dessas regras pode colocar em risco a saúde pública e resultar em penalidades severas, incluindo multas, apreensão de mercadorias e interdição da atividade.
Carne suína: atenção redobrada
No caso da carne suína, os cuidados precisam ser ainda mais rigorosos. A carne de porco, quando mal armazenada ou manuseada de forma inadequada, pode ser veículo de transmissão de doenças graves, como a cisticercose e a triquinose, entre outras contaminações por bactérias como Salmonella e E. coli.
Para estar apto a comercializar carne suína, o comerciante precisa:
- Adquirir o produto de abatedouros legalizados e com inspeção oficial;
- Armazenar a carne em temperatura controlada, respeitando as normas sanitárias;
- Ter local apropriado para corte, manuseio e exposição da carne, com superfícies limpas e equipamentos higienizados;
- Possuir alvará da Vigilância Sanitária e estar sujeito a fiscalizações periódicas.
Dinheiro público, responsabilidade coletiva
A fiscalização e as exigências sanitárias não são uma burocracia sem sentido. Elas existem para proteger a saúde do consumidor e garantir que alimentos consumidos pela população estejam livres de contaminações. O funcionamento da Vigilância Sanitária é financiado com os impostos pagos por todos os cidadãos, por isso, garantir que todos os comerciantes — pequenos ou grandes — cumpram as mesmas regras é uma questão de justiça e segurança coletiva.
A venda informal de carnes, especialmente suínas, sem procedência conhecida e fora do controle sanitário, representa um risco real à saúde da população e um desrespeito às normas que todos devem seguir.
O Conexão Arcos reforça: antes de comprar alimentos, principalmente carnes, verifique se o local está regularizado. E, se identificar comércio clandestino ou em condições precárias, denuncie à Vigilância Sanitária do município.