O secretário de governo João Paulo Roque se prontificou a pedir a imediata fiscalização do ambiente.
A tradicional feirinha de Arcos, conhecida pelo movimento toda quarta feira, sábados e pela variedade de alimentos vendidos, está se tornando um risco silencioso para a saúde da população. A ausência de fiscalização da Vigilância Sanitária e da Prefeitura Municipal tem permitido a venda indiscriminada de carnes cruas, especialmente carne de porco, sem os cuidados básicos exigidos por lei.
Em meio a barracas e com higiene duvidosa, cortes de carne suína são expostos ao ar livre, sem refrigeração adequada e manuseados por pessoas sem treinamento técnico. A prática, além de ilegal, é extremamente perigosa.
A carne de porco, em especial, exige cuidados redobrados. Quando mal armazenada ou mal cozida, pode transmitir doenças graves, como a cisticercose, salmonela e até hepatite E. O risco de contaminação aumenta ainda mais em ambientes sem controle de temperatura e com presença de insetos, como frequentemente se vê na feirinha.
Moradores relatam preocupação: “Eu gosto da feirinha, mas depois que vi como as carnes são vendidas ali, parei de comprar. Não dá para confiar. A gente não sabe a procedência, nem se teve refrigeração”, diz Dona Marlene, moradora do bairro São Vicente.
Segundo a legislação brasileira, a comercialização de alimentos de origem animal deve obedecer a uma série de normas sanitárias, entre elas o registro de procedência, transporte em veículos refrigerados e manuseio com equipamentos adequados. A falta de alvará sanitário, como ocorre com vários feirantes, representa um crime contra a saúde pública.
A Prefeitura de Arcos e a Vigilância Sanitária foram questionadas, o secetário de governo João Paulo Roque se comprometeu a pedir a fiscalização. Enquanto isso, o consumidor segue exposto a riscos evitáveis.
É preciso que o poder público assuma sua responsabilidade e atue com urgência. A feirinha deve continuar sendo um espaço de cultura e economia local, mas sem colocar em risco a saúde de quem compra e de quem vende.