Feiras livres, eventos gastronômicos e pontos de venda em locais abertos fazem parte da rotina e da cultura do município. No entanto, por trás da aparente normalidade, cresce uma preocupação séria: a falta de fiscalização sanitária rigorosa nesses ambientes.
A Vigilância Sanitária tem um papel fundamental e inegociável: proteger a saúde da população. Mas quando se mostra inerte ou ausente, o que deveria ser espaço de convivência e economia se transforma em terreno fértil para doenças e contaminações. Ainda temos que levar em consideração que o prefeito de Arcos, Dr. Wellington é um cardiologista que conhece bem os prejuízos disso.
É nas feiras que encontramos com frequência produtos alimentícios — especialmente carnes e seus derivados, como linguiças e torresmos — sendo vendidos sem refrigeração adequada, sem procedência comprovada e, muitas vezes, sem qualquer informação sobre data de fabricação ou validade. Uma infração grave, que coloca a saúde do consumidor em risco direto.
Além disso, poucos se perguntam: onde esses produtos foram preparados? Em quais condições? Com quais cuidados de higiene? A Vigilância Sanitária precisa fiscalizar também os locais de manipulação dos alimentos, e não apenas o ponto final de venda.
Outro ponto crítico é a ausência de alvará de funcionamento em diversas bancas e pontos de venda. Sem essa licença básica, o comércio de alimentos se torna ainda mais arriscado. O alvará não é só um papel burocrático — é o mínimo que se espera de um estabelecimento que lida com algo tão sensível quanto o alimento do cidadão.
A omissão na fiscalização traz consequências reais: doenças alimentares, alergias graves, intoxicações e, em casos extremos, internações e mortes. Além disso, gera prejuízo ao sistema de saúde municipal e compromete a imagem de Arcos como cidade segura para viver e empreender.
O Conexão Arcos reforça: a população tem o direito de consumir alimentos seguros, com qualidade e higiene. Cabe à Vigilância Sanitária fazer valer esse direito com firmeza e responsabilidade. Feiras são importantes, sim — mas precisam estar dentro da legalidade e da segurança.
Uma Vigilância Sanitária ausente é uma ameaça silenciosa à saúde pública. Arcos merece mais atenção.