No dia 16 de julho, data em que a cidade de Arcos completou mais um ano de história, o que se viu pelas ruas foi algo inédito e, para muitos, doloroso. Diferente de anos anteriores, em que o aniversário do município era celebrado com alegria, desfiles escolares, apresentações culturais e o som vibrante das fanfarras, este ano o silêncio tomou conta da cidade.
A ausência das tradicionais comemorações marcou profundamente a população. As escolas, que sempre preparavam seus alunos para desfiles que celebravam a história, a cultura e o orgulho de ser arcoense, permaneceram em silêncio. Não houve fanfarras ecoando pelas avenidas, nem apresentações que reuniam famílias inteiras para prestigiar os talentos locais.
O que deveria ser um dia de festa foi vivido com um sentimento generalizado de tristeza e melancolia. Muitos moradores expressaram nas redes sociais e nas conversas de rua a decepção com a falta de celebração e o apagamento de uma tradição que, há décadas, unia gerações em torno do amor pela cidade.
“Era um momento em que todos saíam de casa para ver o desfile, prestigiar os alunos, sentir o orgulho de morar aqui. Esse silêncio dói”, comentou Dona Lúcia, professora aposentada da rede municipal.
Para uma cidade com uma história rica e um povo caloroso como Arcos, o 16 de julho sempre foi muito mais que uma data no calendário. Era um símbolo de união, identidade e pertencimento. A quebra dessa tradição levanta questionamentos e reflexões sobre o futuro das comemorações cívicas e culturais no município.
O povo arcoense segue com esperança de que, nos próximos anos, a data volte a ser celebrada com a grandeza que ela representa. Arcos merece ver novamente sua história sendo contada pelas ruas, com orgulho, música, cor e participação popular.