Sem consulta pública, sem transparência e com valores questionáveis, a Prefeitura de Arcos acaba de aderir à Ata de Registro de Preços nº 015/2024 do Consórcio CIMPLA — um contrato que pode custar até R$ 60 milhões e já começa a ser executado na próxima semana.
A ata, assinada com a empresa UTV Facilities Ltda, prevê a prestação de serviços como capina, roçada, varrição de ruas, limpeza de bueiros e pintura de meio-fio com preços muito acima dos praticados no mercado local. A decisão da administração municipal vem sendo duramente criticada por técnicos, cidadãos e lideranças que alertam para um possível rombo nos cofres públicos.
⚠️ Os números não mentem
Entre os valores contratados, chama atenção a pintura de meio-fio ao custo de R$ 1,03 por metro, quando serviços semelhantes já foram realizados por menos de R$ 0,40 na cidade. A capina manual foi orçada em R$ 0,44/m² e o roçamento mecânico em R$ 0,29/m². Todos esses valores estão acima da média regional, o que levanta sérias dúvidas sobre a economicidade da contratação.
O valor total da ata ultrapassa R$ 60,9 milhões. Ainda que esse valor represente o total disponível para diversos municípios consorciados, não há clareza sobre quanto Arcos pretende contratar ou gastar a partir deste contrato.
🤐 Falta de transparência e consulta pública
A adesão foi feita sem debate com a população, sem audiência pública e sem apresentação de estudos técnicos. Nem mesmo os vereadores da base afirmam conhecer todos os detalhes da adesão. A execução já começa na próxima semana e os valores, aparentemente, não foram submetidos a um processo de validação popular ou análise orçamentária detalhada.
🚨 Perigo real de prejuízo
Especialistas alertam que a contratação por meio dessa ata pode significar:
- Pagamento superfaturado por serviços simples;
- Desperdício de recursos públicos;
- Exclusão de empresas locais, que poderiam executar os serviços por menos;
- Impacto negativo nas finanças municipais em um momento de crise.
📢 E a Câmara vai se calar?
Diante da adesão já efetivada, a responsabilidade agora recai sobre a Câmara Municipal, que deve fiscalizar, cobrar explicações e garantir que a população não seja surpreendida por mais uma decisão silenciosa e danosa.
O que se espera dos representantes eleitos é transparência, fiscalização rigorosa e compromisso com o interesse público.
✊ Arcos não pode pagar essa conta no escuro
Enquanto a cidade precisa de investimentos urgentes em saúde, educação e infraestrutura, não faz sentido entrar em um contrato milionário com base em valores inflacionados. O povo de Arcos merece saber quem autorizou, quanto será gasto e quem está lucrando com isso.
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